Ele tambem amava por a mao em cabelos de homens, muito engracado e um pouco nojento tambem, causava desconforto a nos e a pessoa, era qualquer cabeca bastava ter cabelos bem curtinhos la estava ele tentando colocar os cabelinhos no vao dos dedinhos, nao importava se fosse adulto ou crianca,conhecido ou desconhecido, ele chegava a dormir desfrutando daquilo que era um prazer para ele.
Tambem gostava de partes pequenas de qualquer objeto, se eu dava uma blusa para ele segurar ele ia no zipper, nos botoes e ficava com a chupetinha na boca chupando e desfrutando de segurar os pequenos detalhes do objeto ou brinquedo.
Gostava de etiquetas das roupas, as que eram de textura acetinado, ele tinha um cobertorzinho(da foto ao lado) com esta etiqueta e pegou a mania de alisar a etiqueta enquanto tomava o leite para dormir, eu achava isso tudo muito diferente de qualquer outra crianca.Mas nao sabia o que era.
Ele era uma crianca muito dificil, eu parei de ir a shopping e a supermercados com ele, eu sofria, porque sabia que era bom para ele sairmos, mas era muito dificil cada vez que saiamos ele dava um show, eu nao sabia lidar com ele, se eu soubesse desde antes que ele se frustrava por nao falar e por ser uma crianca que vive de um jeito diferente de nos, seria tudo mais facil, eu teria tido mais jeito com ele, sofremos muito, mas tudo nesta vida passa e passamos esta fase tb.Eu perguntava se ele queria ir ao parque e ele dizia que nao, eu dava Gracas a Deus, embora depois batia aquele sentimento de culpa, de impotencia, mas muitas vezes o que era para ser um prazer a ele se transformava em um martirio para nos dois, ficar dentro de casa fazendo os meus afazeres e ele ver TV era muuuito mais facil, mas a culpa que eu carregava era imensa.
Aos 2 anos de idade na pediatra, em consulta de rotina,disse a ela que ele nao falava, que falava muito pouco, ela arregalou aquele pares de olhos azuis (nao me esqueco a imagem daqueles olhos olhando para mim) e voltou para o Aidan pediu para ele olhar para ela, e em tom de alivio ela me disse: Autismo ele nao tem......hoje sei que eh porque ele olhou para ela, mas nesta epoca nao tinha nem uma informacao , eu pensei comigo e quem esta falando em autismo aqui?ela indicou ele para um orgao do governo que tem terapias com fonoaudiologa, comecamos com terapias uma vez por semana em casa, depois passou para 2 horas semanais na clinica , a fono me pedia para eu falar com ele em ingles, pois elas iriam ensinar ele a falar e se eu falasse portugues o processo seria mais lento, foi uma dificil batalha eu nao consegui, bem que tentei, mas gracas a Deus e a Stephani ( tb. nunca vou esquecer-la) ele comecou a falar....fez 8 meses de terapia, as terapias ajudaram ele muuuito, ele mudou em uns 80 por cento,ja era possivel sairmos de casa, ele ficou mais calmo podia se expressar melhor.
Na sala de espera na clinica eu via muitas criancas autista, mas nem pensava que meu filho era um deles.